Vivemos em um tempo em que, desde muito cedo, somos ensinados a correr. Correr para aprender, para crescer, para produzir, para conquistar. Somos constantemente bombardeados por mensagens que exaltam a excelência, o desempenho máximo, a superação constante. Não há espaço para pausas. Tudo precisa ser rápido, tudo precisa ser grande. E, nesse cenário, nasce uma ansiedade silenciosa, muitas vezes sufocante: a de achar que viemos ao mundo para sermos máquinas de alta performance. Mas e se não for assim? E se, na verdade, tivermos nascido para algo muito mais simples — e infinitamente mais bonito? A pressão por resultados perfeitos tem roubado de muitas pessoas a beleza do momento presente. A comparação constante, a busca incessante por reconhecimento e a sensação de que nunca somos bons o bastante formam uma trilha invisível de frustração e cansaço. E o mais delicado disso tudo é que, muitas vezes, nos esquecemos de perguntar: Para quê tudo isso? Não somos máquinas. Somos seres human...