Clickbait não é estratégia. É desrespeito.


As manchetes, que deveriam ser convites para a informação, tornaram-se armadilhas. Com promessas exageradas e frases ambíguas, o clickbait tomou conta das redes, dos portais e até de produtores de conteúdo independentes.


Tudo em nome do clique.


Mas há um problema grave nisso:

Distorcer não engaja. Engana.


Quando a manchete mente, o conteúdo perde valor


Clickbait é aquela chamada que parece irresistível, mas que não entrega o que promete. Ela existe para fisgar. Só que o leitor, ao perceber o truque, se frustra. E essa frustração mina a confiança, não só naquele conteúdo, mas no canal inteiro.


Não é engajamento real. É inflar um número às custas da credibilidade.


A consequência é desinformação


Num cenário em que muitos apenas leem o título, uma manchete distorcida ou exagerada não é inofensiva. Ela cria ideias erradas, reforça preconceitos, espalha boatos e constrói um público mal informado, que acredita que sabe, mas não sabe.


E isso vale tanto para grandes portais de notícia quanto para criadores de conteúdo no Threads, no YouTube, no TikTok ou em blogs como este.


Existe outra forma de atrair: com verdade


Uma boa manchete pode ser chamativa sem ser desonesta. Pode provocar curiosidade, emoção, surpresa, sem mentir.


O verdadeiro desafio da comunicação hoje não é só ser visto. É ser relevante, respeitoso e confiável.


Clickbait é um atalho que custa caro.


O público quer mais. E merece mais.


Se queremos criar conexões reais, precisamos começar pelas palavras que escolhemos para abrir o diálogo. Porque o que atrai pode ser poderoso. Mas o que sustenta é a confiança.


Postar um comentário

0 Comentários